O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou hoje a Portaria 1.927/2014. Alinhada à Recomendação 200 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Portaria estabelece orientações sobre o combate à discriminação relacionada ao HIV e à AIDS nos locais de trabalho.
Segundo as orientações da Portaria, é prática discriminatória exigir dos trabalhadores, incluindo migrantes, pessoas que procuram emprego e candidatos a trabalho, testes para HIV ou quaisquer outras formas de diagnóstico, que só podem ser realizados se voluntários. Nesse ponto, a Portaria 1.927 garante o sigilo salientando que nenhum trabalhador pode ser obrigado a fazer o teste de HIV ou revelar seu estado sorológico.
A Portaria coíbe a discriminação a candidatos a um emprego e a empregados em razão de seu suposto ou real estado sorológico, bem como por serem de regiões ou pertencerem a segmentos da população considerados sob maior risco ou mais vulneráveis à infecção pelo HIV.
Cabe aos empregadores tomar medidas para reduzir a transmissão do HIV e atenuar seu impacto no local de trabalho, propiciando um ambiente seguro e saudável. Além disso, em existindo possibilidade de exposição ao vírus no local de trabalho (como em serviços de saúde, por exemplo), os trabalhadores devem receber informação e orientação sobre modos de transmissão do HIV, além dos procedimentos para evitar a exposição e a infecção.
A Portaria também estabelece que o estado sorológico de HIV não deve ser motivo de demissão e as ausências para o cuidado à saúde relacionado ao HIV e os afastamentos temporários por adoecimento devem ser tratados da mesma forma que aquelas provocadas por outros motivos de saúde. Às pessoas com HIV não deve ser negada a possibilidade de continuar a trabalhar enquanto estiverem aptas a fazê-lo.
Finalmente, a Portaria 1.927/2104 do MTE cria a Comissão Participativa de Prevenção HIV e AIDS no Mundo do Trabalho (CPPT-AIDS), cujo objetivo é desenvolver esforços para reforçar as políticas e os programas sociais nacionais, inclusive os relativos à saúde do trabalhador, o combate à discriminação e à promoção de um ambiente de trabalho decente, além de verificar o cumprimento da norma.
Para acessar a Portaria 1.927, de 10 de dezembro de 2014, do Ministério do Trabalho e Emprego, clique aqui.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Frente Parlamentar pela cidadania das PVHA é lançada em audiência na Câmara de Maceió
Ativistas e vereadores lançam a Frente Parlamentar pela Cidadania das PVHA da Câmara Municipal de Maceió |
A Frente Parlamentar pela
Cidadania das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS de Maceió foi lançada nesta
terça-feira, 9 de novembro, em audiência pública no plenário da Câmara
Municipal. A audiência debateu a condição das pessoas vivendo com HIV e AIDS
(PVHA) na capital das Alagoas e foi solicitada pelo vereador Cleber Costa (PT),
em parceria com o Fórum e Articulação Alagoana ONG/AIDS, que levaram o tema ao
legislativo municipal.
Para Júlio Daniel Farias,
representante da Articulação Alagoana ONG/AIDS, é necessário reformar a
sistemática de tratamento pela da Saúde de Maceió. “Os números de casos de
infecção pelo HIV crescem progressivamente na capital, principalmente na população
jovem. Sem contar que AIDS é uma síndrome que acarreta outras doenças, demandando
do poder público ainda mais atenção”, avalia.
“Adaptar o município à
realidade dos portadores do HIV deve ser feito em conjunto e atendendo a
demanda de grupos e segmentos atuantes na área. É dessa forma que a Saúde
poderá garantir melhorias no tratamento e assistência para quem vive com o
vírus”, destaca o vereador petista.
Além de Cleber Costa, o vereador
Silvio Camelo (PV) e as vereadoras Heloísa Helena (PSOL), Tereza Nelma (PSDB) e
Fátima Santiago (PP) formalizaram adesão de seus mandatos à Frente.
Igor Nascimento (C) e Julio Faria (D) durante audiência pública que lançou a Frente Parlamentar anti-HIV de Maceió |
O incentivo à formação e atuação
em frentes parlamentares de enfrentamento ao HIV/AIDS é uma iniciativa do
Projeto Advocacy em Saúde (PAS), do Fórum das ONG/AIDS do Estado de São Paulo.
No Nordeste, o PAS é coordenado pelo ativista Jair Brandão e, tem à frente o ativista
da luta contra a AIDS em Alagoas, conselheiro de Saúde e PVHA, Igor Nascimento.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Ato Dezembro Vermelho encerra atividades da Frente Parlamentar anti-AIDS em 2014
A deputada Maria do Rosário recebe seu laço |
Com o ato Dezembro Vermelho, a Frente
Parlamentar Mista de Enfrentamento às DST/AIDS do Congresso Nacional encerrou,
nesta terça-feira (3), as atividades na atual legislatura. O ato, realizado no
hall da Taquigrafia no Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu ativistas e
deputados dispostos a compor a Frente na próxima legislatura.
Durante o ato, cinco ativistas
vinculados ao Projeto Advocacy em Saúde (PAS) abordaram parlamentares que por
ali passavam, entregando-lhes uma carta sobre a situação da epidemia de AIDS no
Brasil e, aos que permitiam, lhes era preso um laço vermelho (símbolo de
solidariedade às pessoas com HIV).
Pela manhã, uma reunião coordenada pela
presidente da frente, deputada Erika Kokay (PT-DF), reuniu na sala da mesa
diretora cerca de 20 pessoas, entre ativistas, assessores técnicos do
Ministério da Saúde, e a coordenadora do UNAIDS no Brasil, Georgiana
Braga-Orillard. Na reunião, a presidente da Frente Parlamentar fez um balanço
dos avanços e dos principais obstáculos que os dificultaram. Um desses foi a
'tomada' da Comissão de Direitos Humanos e Minorias por parlamentares
fundamentalistas.
Para a próxima legislatura, que será iniciada
em 1 de fevereiro, com a posse dos parlamentares eleitos no primeiro turno das
eleições deste ano, a expectativa não é menos desfavorável, muito pelo
contrário. Com quase 50% do próximo plenário dominado pela bancada ruralista e
pela bancada da bala - a favor do rearmamento da população para coibir a
violência -, a expectativa é que as dificuldades se multipliquem.
Reunião da Frente Parlamentar define agenda para 2015 |
Para tentar prevenir danos, a
estratégia da Frente para 2015 foi traçada e fundamentada em três pontos de
trabalho: a laicidade do Estado, o Projeto de Lei sobre patentes, especificamente
no que se refere à patente de segunda linha para medicamentos, e a ratificação,
pelo Congresso Nacional, da Recomendação 200, da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), que prega um mundo do trabalho sem preconceito e discriminação
às pessoas com HIV.
Um quarto ponto, sobre a integralidade
da assistência às pessoas com HIV, deve ser ponto temático de uma audiência
pública, a ser convocada pela Frente na próxima legislatura. A Frente também
definiu que deve ser uma das primeiras a ser reestruturada, no começo de
fevereiro, quando devem ser visitados os gabinetes dos congressistas para
recolher as assinaturas para a reativação da Frente.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Deputado paraense faz apelo por políticas públicas de prevenção e tratamento da AIDS
O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), líder do Partido na Assembleia Legislativa, recém eleito deputado federal pelo Pará, fez discurso ontem na tribuna de honra do Palácio da Cabanagem (sede da Assembleia), em Belém, no qual apela para o fortalecimento de políticas públicas de prevenção e tratamento da AIDS.
Segundo afirma em seu discurso, das 12 cidades com maior incidência de casos de AIDS da Região Norte, dez estão no Pará. Ao final, o deputado pede à Assembleia que "formule urgente apelo às autoridades de saúde de nosso país para que fortaleçam as políticas de prevenção e tratamento do HIV/AIDS'.
Confira o áudio do discurso do deputado clicando aqui.
Segundo afirma em seu discurso, das 12 cidades com maior incidência de casos de AIDS da Região Norte, dez estão no Pará. Ao final, o deputado pede à Assembleia que "formule urgente apelo às autoridades de saúde de nosso país para que fortaleçam as políticas de prevenção e tratamento do HIV/AIDS'.
Confira o áudio do discurso do deputado clicando aqui.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Conselho de Saúde rejeita Relatório Anual de Gestão de Pernambuco
O Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco (CES-PE) rejeitou, no início
de novembro, o Relatório Anual de Gestão (RAG) referente ao exercício de 2013. Durante
sessão extraordinária do CES-PE, no último dia 12, a Comissão de Análise e
Orçamento do CES-PE apresentou aos conselheiros estaduais de saúde seu Parecer,
no qual fazia diversas ressalvas e fazia recomendações, entre as quais a que
pedia ao Pleno do Conselho a aprovação do RAG 2013, com as ressalvas.
Ao final da apresentação, o ativista e conselheiro de saúde pelo segmento
Usuário, Jair Brandão – da ONG GESTOS e coordenador do Projeto Advocacy em
Saúde (PAS) na Região Nordeste –, fez uma análise do RAG 2013 e do Parecer da
Comissão de Análise e Orçamento do CES-PE, apresentando ao Pleno sua própria análise
do Relatório. Após a avaliação, Jair posicionou-se contra a aprovação do RAG.
Para ele, além das questões apontadas no Relatório da Comissão, “faltaram
informações que precisam ser visibilizadas pela sociedade no documento final do
Conselho”, afirmou.
Jair focou seus argumentos em três pontos que julga “importantes e
cruciais em relação à Gestão da Saúde” pernambucana: as respostas evasivas da
Comissão de Orçamento sobre a auditoria e seus diferentes tipos (Auditoria Analíticas,
de Gestão e Assistencial) e objetivos; sobre a relação do Plano Plurianual (PPA) e o Plano
Estadual de Saúde (PES) de 2013; e, for fim, sobre a Política de Atenção
Hospitalar do estado.
Ao posicionar-se pela não aprovação do RAG 2103, o ativista sugeriu que
a Gestão forneça as informações solicitadas e retorne ao Pleno para a
rediscussão e aprovação do relatório. Diante de todo o arcabouço legal exposto
pelo Conselheiro, o pleno não aprovou o RAG 2013 e deliberou que o Parecer da
Comissão fosse incorporado ao Parecer do ativista junto das informações da
Gestão. O RAG 2013 será apresentado novamente durante o Pleno de dezembro.
Provocação?
“Enquanto conselheiros de saúde, sujeitos de diretos qualificados para o controle social, somos responsáveis pelo que aprovamos; se estivermos instrumentalizados e com conhecimento do marco legal do SUS forçaremos a gestão trabalhar com transparência e ética na utilização e prestação de contas dos recursos públicos. Por isso, a importância de conselheiros e ativistas conhecerem profundamente o Plano Plurianual (PPA), o Planos Estaduais de Saúde (PES), a Programação Anual de Metas (PAM), a Lei Complementar 141/12 e o Decreto 7.508 (COAP) para fazerem a ligação com o Relatório Anual da Gestão (RAG) e exercerem de fato o controle social sobre as políticas públicas de saúde”, provocou o ativista.
“Enquanto conselheiros de saúde, sujeitos de diretos qualificados para o controle social, somos responsáveis pelo que aprovamos; se estivermos instrumentalizados e com conhecimento do marco legal do SUS forçaremos a gestão trabalhar com transparência e ética na utilização e prestação de contas dos recursos públicos. Por isso, a importância de conselheiros e ativistas conhecerem profundamente o Plano Plurianual (PPA), o Planos Estaduais de Saúde (PES), a Programação Anual de Metas (PAM), a Lei Complementar 141/12 e o Decreto 7.508 (COAP) para fazerem a ligação com o Relatório Anual da Gestão (RAG) e exercerem de fato o controle social sobre as políticas públicas de saúde”, provocou o ativista.
Segundo o raciocínio de Jair, no próximo ano de 2015 serão feitas discussões
sobre eleições em alguns conselhos de saúde, a construção dos Planos Estaduais
de Saúde 2016-2019 e as Conferências Estaduais e Nacional de Saúde. “Temos de estar
mais atuantes nos espaços de controle social”, finalizou.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Coordenação monitora ações e planeja encontro nacional
Equipe do PAS em reunião de monitoramento e planejamento |
O Projeto Advocacy em Saúde (PAS) realizou, nestas terça e
quarta-feiras (28 e 29), em São Paulo, reunião de monitoramento de ações. Além
disso, a equipe também preparou o Encontro Nacional do PAS, que deve reunir em
fevereiro, em Brasília, 50 lideranças envolvidas no projeto. Na ocasião, os
ativistas participantes do projeto deverão percorrer os gabinetes dos deputados
federais empossados para recolher assinaturas e instalar a Frente Parlamentar
Mista de Enfrentamento às DST/HIV/AIDS do Congresso Nacional, o que precisa ser
feito a cada legislatura. “Com a configuração da próxima legislatura,
vislumbramos anos de muito trabalho em defesa das pessoas com HIV e das
ONG/aids. Por isso, temos de começar logo os trabalhos”, afirma Márcia Leão, da
coordenação do Fórum de ONG/aids do Rio Grande do Sul.
Os deputados eleitos em 5 de outubro serão empossados em 1º
de fevereiro. No dia 3, os ativistas do PAS irão visitar os gabinetes e
recolher as assinaturas. No dia 4, o colegiado coordenador da Frente, formado
pelos deputados Erika Kokay (PT-DF), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP),
devem reunir-se ao Encontro Nacional do PAS para fazer um balanço da atual
legislatura e levantar perspectivas para a próxima. “Esse é um movimento
fundamental para que a Frente possa ser reinstalada e continuar seus
trabalhos”, explica Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum das ONG/AIDS do
Estado de São Paulo (Foaesp).
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Recomendação internacional sobre HIV no local de trabalho chega ao Itamaraty
Tabajara, do MTE (E), Rodrigo Pinheiro (C) e Márcia Leão (D) durante reunião no Ministério do Trabalho e Emprego |
Agora, o Itamaraty deve analisar o texto e encaminhá-lo, junto à Recomendação 200, ao Congresso Nacional, para aprovação. E à Casa Civil da Presidência da República, para acompanhamento e posterior ratificação. “Esperamos que essa tramitação seja mais ágil”, diz Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp).
Aprovada em 17 de junho de 2010 pela 99ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, a Recomendação 200 da OIT trata especificamente sobre o HIV, a aids e o mundo do trabalho. E se aplica a “todos os trabalhadores, quaisquer que sejam as formas e modalidades de trabalho e quaisquer que sejam os locais de trabalho”, bem como a “todos os setores da atividade econômica, inclusive os setores privado e público e as economias formal e informal” e, inclusive, às “forças armadas e serviços uniformizados”. O documento da OIT recomenda a elaboração de políticas públicas nacionais que visem minimizar o preconceito e a discriminação no local de trabalho, além de políticas de prevenção, assistência, apoio, tratamento e atenção.
Em 19 de janeiro de 2012, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou a Portaria 106 instituindo a Comissão Tripartite para avaliar a ratificação da Recomendação 200 no território nacional. A comissão foi formada por representantes dos ministérios do Trabalho e da Saúde, além de membros indicados por entidades patronais e centrais sindicais. No parecer, a comissão afirma que “o local de trabalho, onde o trabalhador passa maior parte de seu dia (e de sua vida) constitui-se em importante ambiente para que sejam possibilitadas ações educacionais preventivas, de acesso a tratamento, seguridade social e, principalmente, cidadania e uma vida digna, sem estigmas e preconceitos”.
“A Recomendação 200 da OIT reforça os pontos da Lei nº 12.984/2014, sancionada pela presidente Dilma em junho”, explica a advogada Márcia Leão, da coordenação do Fórum de ONGs/Aids do Rio Grande do Sul. Antes de ser aprovada, a lei tramitou no Congresso Nacional por 11 anos para ser aprovada. A expectativa de ratificação da Recomendação 200 da OIT pode dar mais elementos para o trabalho da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento ao HIV/Aids do Congresso.
Frente Parlamentar anti-HIV prepara atuação em nova legislatura
Rodrigo, Márcia e a Deputada Erika Kokay |
“Identificamos outros cinco deputados eleitos que podem compor a Frente”, calcula Rodrigo. “Vamos confirmar esse mapeamento na reunião de monitoramento do PAS na próxima semana, em São Paulo.”
Na reunião, os coordenadores do projeto vão avaliar os produtos realizados e adequar o planejamento do PAS. “Tínhamos marcado um encontro nacional dos ativistas envolvidos no projeto em março. Mas devemos antecipá-lo para o início de fevereiro”, diz Betinho Pereira, coordenador nacional do PAS. A data deve coincidir com a posse da nova legislatura da Câmara. “Queremos levar pelo menos 50 pessoas a Brasília para reunir as assinaturas dos deputados e recompor a Frente Parlamentar”, informa Rodrigo.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
PAS pede audiência ao Ministro Chioro
O Deputado Paulo Teixeira e Paulo Giacomini (E), o Ministro Artur Chioro (C) com Márcia Leão e Rodrigo Pinheiro (D), durante evento sobre Saúde Pública em São Paulo |
Coordenadores do Projeto Advocacy em Saúde (PAS) solicitaram
audiência ao ministro da Saúde, Artur Chioro, pessoalmente. O pedido foi feito
na manhã do último sábado (20), em São Paulo, em um seminário sobre Saúde Pública,
por Márcia Leão e Rodrigo Pinheiro, dos fóruns de ONG/AIDS do Rio Grande do Sul
e de São Paulo, respectivamente. O objetivo da audiência é informar ao Ministro
sobre a articulação do PAS com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República (SDH), integrando o Ministério da Saúde.
A articulação visa
incluir as violações à Lei nº 12.984/2014 ao Disque Direitos Humanos (Disque
100) da SDH. Sancionada em junho pela presidente Dilma Roussef e assinada
também pelos ministros da Saúde, da Justiça e dos Direitos Humanos, a lei pune
com até quatro anos de reclusão as violações aos direitos das pessoas vivendo
com HIV/aids (PVHA) ao sigilo, à escola, ao trabalho e aos serviços de saúde.
Para encaminhar a inclusão das denúncias de violação aos
direitos PVHA no Disque 100, os coordenadores do PAS estiveram, no mês de
julho, em reuniões com a SDH. A primeira, com Irina Bacci e Sidnei Costa, coordenadores
da Ouvidoria e do Disque 100, que explicaram a necessidade da inclusão de um
filtro específico para acolher a demanda. A outra, com a coordenação-geral dos
Centros de Referência em Direitos Humanos (CRDH), definiu uma agenda que visa tanto
divulgar e fortalecer a lei, como preparar os centros de referência para também
receberem as denúncias e orientar a população. “Esses encontros foram
fundamentais para definirmos quais seriam nossos próximos passos”, explica
Márcia Leão.
Os passos
seguintes foram dados na semana passada, em Brasília, em nova reunião com Fábio
Machado, coordenador dos CRDH, na qual outros pontos foram adicionados à agenda. Entrou
na pauta um maior entrosamento entre o movimento social e os CRDH. Também
começaram a serem elencados os dados que serão incluídos nos formulários de denúncia,
encaminhamento e acompanhamento das violações dos direitos das PVHA. “Essa é
uma articulação fundamental para que a lei seja aplicada”, afirma Rodrigo
Pinheiro.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Norte defenderá isenção tarifária e regionalização das UDM
Participantes do Seminário Regional Norte do PAS |
“Nós ainda precisamos avançar em leis que beneficiem as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) e a isenção tarifária é uma delas. A aids é uma doença de tratamento crônico, dizem, mas quem diz isso não sabe que em Belém 47% das PVHA estão abaixo da linha de pobreza. Muitas vezes, a pessoa não tem estrutura financeira para estar no momento da consulta”, afirmou o coordenador municipal de DST/aids de Belém, Beto Paes, durante a abertura do seminário.
“Precisamos do advocacy nas frentes parlamentares. Precisamos ter o controle social do nosso lado, com conhecimento da legislação e da gestãopara dialogar com a gestão no mesmo nível”, ressaltou Cisalpina Cantão, coordenadora estadual de Hepatites Virais no Pará.
Exceto por Rondônia e Tocantins, que não tiveram participantes presentes, ativistas dos demais cinco estados da região norte comprometeram-se a pautar a agenda da aids nos Conselhos Estaduais de Saúde. Um dos participantes do Pará, com reunião pré-agendada com o secretário da Saúde, comprometeu-se a abordar o tema na oportunidade.
Outra reunião, no Acre, também já estava marcada com o presidente do Conselho Estadual de Saúde para a discussão da pauta. Os conselhos de Saúde de Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Belém (PA) também receberão a demanda.
No Legislativo, já havia articulações com candidatos a deputados estaduais e federais no Amapá, em Roraima e no Pará, onde há um plano de articulação para a formação de uma frente parlamentar de enfrentamento às DST/HIV/HV. No Amazonas, duas frentes estavam sendo articuladas por um deputado estadual e uma vereadora – no Legislativo municipal. Os representantes do Amazonas no seminário do PAS vão assumir a articulação.
Em Belém, um projeto de isenção tarifária está sendo articulado com um parlamentar na Câmara Municipal. Em Rio Branco, segundo a participante acreana, alguns vereadores já se comprometeram com a isenção tarifária para PVHA.
Também foi estabelecida como meta a discussão da pauta do PAS nas reuniões dos fóruns estaduais de ONGs/aids. Até o mês de outubro, os fóruns farão esforços para cumprir uma meta em seus respectivos municípios. Os fóruns também farão o monitoramento em novembro, janeiro e março de 2015.
Os desafios são grandes. “A região é muito extensa. Ainda há dificuldades de comunicação para a mobilização do movimento de aids, que está vivendo uma crise de foco”, desabafa o coordenador regional do PAS. Mas Kiko está confiante. “Advocacy em saúde é ampliar alianças. E isso já começou aqui, internamente.”
Avaliação
Semanalmente, entre 31 de julho e 30 de agosto, as coordenações nacional e regionais do PAS realizaram seminários nas cinco regiões geográficas brasileiras. “Participei dos cinco seminários e senti de forma acentuada o quanto o movimento social de luta contra aids no Brasil está sedento de novas propostas de fortalecimento das ações, de um novo alinhamento das discussões e do estabelecimento de uma agenda comum, porque, ainda que haja diferenças e necessidades regionais distintas, os temas centrais são recorrentes nas cinco regiões”, avalia José Roberto Pereira, coordenador nacional do PAS.
No final de outubro, os coordenadores regionais se reúnem em São Paulo para avaliar os seminários e monitorar as ações. O PAS é projeto do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo e tem financiamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Nordeste vai elaborar diagnóstico da assistência às PVHA na Atenção Básica
Ativistas do Nordeste no Seminário Regional do PAS |
A elaboração de um diagnóstico regional
sobre os riscos das propostas impositivas de assistência às pessoas vivendo com
HIV e aids (PVHA) na Atenção Básica (AB) foi definida principal meta pelos ativistas
reunidos no Seminário Regional Nordeste do Projeto Advocacy em Saúde (PAS),
realizado na semana passada em Recife. Uma comissão formada por ativistas de
Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco vai criar um instrumento para a
coleta dos dados.
Como nos demais seminários do PAS, a
agenda da aids e dos Direitos Humanos também será levada aos Conselhos
Estaduais de Saúde dos nove estados do nordeste. Em municípios com Conselhos de
Saúde, como Fortaleza, Ilhéus e Natal, o tema deverá ser pautado. Conselhos
municipais da Juventude, da Mulher, das Cidades e LGBT também serão
sensibilizados para a pauta.
No legislativo, frentes parlamentares
municipais de enfrentamento às DST/AIDS/HV em Olinda, Teresina e Fortaleza
devem ser fortalecidas. No âmbito estadual, na Bahia, em Pernambuco, no Piauí e
Rio Grande do Norte as frentes devem ser rearticuladas.
O compromisso dos ativistas presentes
foi firmado após uma troca de experiências em incidência política que retratou
um contexto regional de violação de direitos humanos às PVHA e de denúncia ao
Ministério Público Federal, em Pernambuco – onde não são realizados
procedimentos de lipodistrofia – e em Sergipe – onde “nem há preenchimento
facial”. Mas no Piauí, há. Porém, “o hospital de doenças tropicais só faz o
procedimento facial”, diz um ativista piauiense, que relata falta de
antirretrovirais “devido a problemas de administração na grade de medicamentos”.
Mas em Alagoas, segundo outro ativista,
“os canais de TV abertos do legislativo têm sido ocupados pelo movimento social”,
que promoveu seminário com partidos políticos para a inclusão das demandas do
movimento LGBT e das PVHA nos planos de governo. Além disso, “o Conselho de
Saúde aprovou a realização do Encontro Regional de ONG/aids (Erong-NE)”, afirmou
o ativista Igo Nascimento.
Problemas na articulação do fórum de ONG/aids,
uma frente parlamentar que “ensaia mas não acontece” e preservativos masculinos
distribuídos apenas na festa de São João foram alguns dos entraves apontados na
Paraíba. Em Pernambuco, o Hospital Correa Picanço armazenou preservativos
femininos, que não foram disponibilizados à população. No Maranhão, a
Defensoria Pública foi acionada para resolver a falta de medicamentos. Em São
Luís, um SAE adolescente foi implantado após atuação da Promotoria Pública, que
também garantiu isenção tarifária às PVHA na capital do Estado.
Desmantelamento
da assistência
No Ceará, desde o início do ano a assistência
especializada vem sofrendo com o fechamento de três Serviços de Atendimento
Especializado (SAE) e as ONGs, que há 14 anos estão instaladas em um local
cedido pela Prefeitura, foram despejadas, segundo o relato de Vando Oliveira,
coordenador do Fórum de ONG/aids do Ceará. Em Fortaleza, os serviços de
referência municipais foram fechados e “1800 pessoas com HIV foram transferidas
e distribuídas para os serviços da atenção básica”. Segundo o ativista, o
convidado a falar no Conselho Estadual de Saúde, o Secretário de Saúde não
compareceu a três sessões do órgão de controle social.
Na Bahia, para o conselheiro de saúde Moysés
Toniolo, “há um desmonte na política estadual de aids. Houve um desfinanciamento
da política, com o aumento de 26 para 41 municípios”, sem aumento de recursos
para os incorporados à política. Segundo ele, além da atual crise de falta dos
ARV ritonavir e tenofovir na capital e interior do estado, há um clima de perseguição
política de ativistas em HIV/AIDS. “Conselheiros estão sendo desqualificados em
suas atribuições e conhecimentos”. Também na Bahia no nome social de travestis
e transexuais não era respeitado até a Defensoria pública “comprar a briga do
nome social no registro de nascimento e no documento de identidade”, salientou
uma ativista.
Em Recife, o Seminário Regional do PAS teve a
presença de François Figueroa, coordenador do Programa Estadual de DST/AIDS de
Pernambuco. Para ele, o PAS é importante porque contribui para “resolver a
questão da aids no Brasil”. Segundo o coordenador pernambucano de combate à
aids, para isso seria necessário “que a sociedade seja menos excludente, que
haja mais educação, menos homofobia e uma visão mais ampla das coisas”. Também
esteve presente a enfermeira Valéria Menezes, coordenadora do Programa de
DST/AIDS de Recife, que deu boas vindas aos participantes.
Na edição nordestina dos seminários regionais do
PAS, Alessandra Nilo falou sobre advocacy em âmbito
federal. A coordenadora da
ONG Gestos elencou diversos pontos que devem ser verificados o exercício de um
advocacy substancial, relevante. O ex-representante do movimento de aids no
Conselho Nacional de Saúde, Alexandre Magno falou sobre o SUS e as ações em
DST/AIDS e Direitos Humanos nos Conselhos de Saúde no âmbito da Lei nº
8.142/90.
Magno: "os DH são violados ao adentrar pelo SUS" |
O Projeto Advocacy em Saúde é financiado pela
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde ao Fórum das ONG/AIDS
do Estado de São Paulo. O Seminário Regional Nordeste do PAS teve o apoio da
Coordenação Estadual de DST/Aids de Pernambuco, da Coordenação Municipal de
DST/Aids de Recife e da ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero.
Desde o dia 31 de julho e durante todo o mês de
agosto o PAS vem promovendo uma jornada de seminários regionais por todo o País.
O quinto e último seminário será realizado nesta sexta e sábado, em Belém, no Estado
do Pará, para ativistas da Região Norte.
Na região Norte, o PAS é coordenado pelo
ativista Kiko Rodrigues, do GAPA Pará. Em Belém, o Seminário Regional Norte do
PAS tem apoio da Coordenação da Coordenação Municipal de DST/AIDS de Belém, da
Coordenação Estadual de Hepatites Virais do Pará e do Grupo Paravidda.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Sul decide monitorar aumento da incidência do HIV na região; gestão culpa sociedade civil por dificuldade de incidir sobre política de aids
Participantes do Sul, ao final do Seminário do PAS em Porto Alegre |
Monitorar
o aumento da incidência do HIV no sul do País. Esta foi a principal meta definida
pelos 34 participantes do Seminário Regional Sul do Projeto Advocacy em Saúde
(PAS), realizado na semana passada em Porto Alegre. Um grupo de trabalho foi
formado e vai criar um instrumento padronizado para o acompanhamento. Conselheiros
presentes comprometeram-se a pautar o tema da aids nos Conselhos de Saúde
estaduais e municipais. Outra meta é fazer um levantamento dos Conselhos de
Direitos Humanos e de Assistência Social de toda a região. Assim como nos
demais seminários do PAS, o monitoramento das metas será executado nos meses de
novembro, janeiro e março.
No
legislativo, o Rio Grande do Sul (RS) irá buscar entre deputados eleitos no
próximo pleito aqueles comprometidos com os temas da Saúde e dos Direitos Humanos.
O objetivo é reativar a frente parlamentar de enfrentamento ao HIV/aids
estadual já no início da próxima legislatura. O Paraná, que jamais teve frentes
parlamentares municipais ou de âmbito estadual, tem candidatos sensíveis às
pautas. Em Santa Catarina, o regimento da Assembleia não permite a criação de
frentes; com boa interlocução, ativistas devem retomar a discussão na Comissão
de Saúde da casa.
No
Seminário Regional Sul do PAS, a construção das metas começou já na recepção
aos participantes,
quando o coordenador regional nordeste do projeto, Jair
Brandão, pediu a todos que dissessem, em uma palavra, o que poderia melhorar na
política de aids de seu Estado. Palavras como “compromisso”, “comunicação” e
“responsabilidade”, entre outras, foram citadas diversas vezes. As metas foram
definidas após o momento de troca de experiências sobre incidência política nos
Conselhos de Saúde e nas casas legislativas estaduais e municipais.
Brandão: "para melhorar" |
Ao
falar do Sistema Único de Saúde (SUS), a vice-presidente do Conselho Estadual
de Saúde do RS, Célia Chaves, disse que a atual tendência é pela revisão da histórica
8ª Conferência Nacional de Saúde, que reafirmou os preceitos da Reforma
Sanitária. “A 15ª Conferência deverá questionar a descentralização. Há uma
prefeiturização do sistema em detrimento da municipalização. Ao invés da Saúde
ser uma política de Estado, torna-se política de governo”, explicou.
Perplexidade
Mas
foram as falas sobre as ações em DST/HIV/aids e Direitos Humanos nos Conselhos
de Saúde nos termos da Lei nº 8.142/90, de Adriano Henrique Caetano e Jair
Andrade, ambos da Seção de Controle das DST/aids da Secretaria Estadual de
Saúde (SES-RS), que provocaram as maiores reações de perplexidade entre os
ativistas do sul do País. Jair Andrade, articulador do Programa gaúcho com a
Sociedade Civil Organizada fez diversas provocações.
Andrade (c) e Caetano (d): falas polêmicas da gestão |
Segundo
ele, “o problema da saúde não está nos governos, nas leis, nos decretos, mas no
movimento social”. Para Andrade, falta “capacidade de articulação e de
incidência política, capilaridade social e habilidade política” ao movimento
social de luta contra a aids. Ainda segundo o articulador, que cobrou maior mobilização
social, muitos conselheiros de saúde levam bandeiras pessoais aos espaços de
controle social.
A
reação foi imediata. Um participante do Paraná retrucou argumentando que “a
sociedade civil é cobrada pelo recrudescimento da aids na região. Mas o inimigo
não é o HIV, são os gestores que estão literalmente sentados sobre os recursos”.
Perguntado
sobre as estratégias da gestão para impedir a discussão de pautas importantes
no Conselho de Saúde, Andrade respondeu que vivemos “numa cultura democrática
que não tem mais volta. No entanto, mesmo na democracia temos relações de
poder. Quando se fala de conselhos, essas relações são postas na mesa”.
Outro
ponto de debate acalorado aconteceu quando Adriano Caetano relatou como a
gestão pensa a prevenção do HIV articulada à Atenção Básica (AB). Segundo
afirmou o técnico, essa articulação está embasada em dois pontos: a defesa do
SUS e da democracia no Brasil. Dialeticamente, Caetano questionou que se
defendemos o SUS e “a AB é a porta de entrada do sistema, por que a aids também
não passa pela linha de cuidado a partir do acesso aos CTA e aos SAE a partir
da pactuação interfederativa?” Para ele, é fundamental que o RS tenha uma
pesquisa de conhecimentos, atitudes e práticas (PCAP) para desenvolver ações
sobre um diagnóstico concreto, e não sobre achismos.
O
técnico foi questionado pelos participantes, que indagaram sobre a falta de
profissionais especializados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), “o que vem
gerando grande preocupação nos usuários”. Também foi questionado sobre a
manutenção do sigilo das pessoas.
A
polêmica fala de Andrade contradiz com a ponderação de Ricardo Brasil Charão.
Na abertura do seminário, o representante do Departamento de Ações em Saúde da
SES-RS disse que não era importante o que a gestão espera do movimento social,
mas “a manutenção da fidelidade e da lealdade à luta contra a aids”. Para ele,
é preciso “lembrar sempre o que nos motivou no início dessa jornada individual
e do quê não abrimos mão para continuar nesse caminho”.
“O
conteúdo foi impactante e forte, como tem de ser o movimento social nesse
momento de recrudescimento de direitos, de políticas e da própria epidemia”,
avaliou Márcia Leão, coordenadora do PAS na região sul.
O Seminário Regional Sul do PAS, projeto do Fórum das
ONGs/Aids de São Paulo, foi realizado na região sul com o apoio do Fórum de
ONGs/Aids do RS. Nesta semana, a cidade do Recife recebe o Seminário Regional
Nordeste, na sede da ONG Gestos.
domingo, 17 de agosto de 2014
Recife sedia seminário para movimento social de Aids do Nordeste
Cerca
de 30 representantes de fóruns e articulações de ONGs, redes e ativistas do
movimento de luta contra a aids da região Nordeste estarão em Recife
entre os dias 19 e 20 de agosto, para o Seminário Nordeste do Projeto Advocacy
em Saúde (PAS). O projeto de abrangência nacional do Fórum das ONG/AIDS do
Estado de São Paulo (Foaesp), no Nordeste é coordenado pelo ativista Jair
Brandão, da ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero.
O objetivo é qualificar ativistas para
incentivar a criação de frentes parlamentares de enfrentamento às DST, HIV,
aids e hepatites virais, e fortalecer a atuação de representantes do movimento social
nos conselhos de saúde. Um plano de incidência estaduais e regional será definido
ao final do evento, elaborado sobre as realidades locais, trazidas pelos
participantes.
Para chegar ao plano e seu monitoramento,
temas como história, marco legal e governança do Sistema Único de Saúde (SUS),
participação e controle social garantidos pela Lei 8.142/90, advocacy, formação e atuação em frentes parlamentares serão abordados por facilitadores com experiência reconhecida
nacional e internacionalmente nas temáticas.
“Esperamos contribuir para o monitoramento e a
ampliação das ações em saúde e direitos humanos das pessoas vivendo com HIV e
populações de maior vulnerabilidade à aids, fortalecendo a mobilização
comunitária e controle social no Nordeste”, espera Jair Brandão, coordenador
regional do PAS.
O PAS é financiado pela Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e tem apoio da Coordenação Municipal
de DST, Aids e Hepatites Virais da cidade do Recife e do Programa Estadual de
DST, Aids e Hepatites Virais de Pernambuco.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Seminário da Região Sul começa com novidades
Com
duas novidades, a participação de 15 ativistas do Rio Grande do Sul e oito do Paraná e de Santa
Catarina, começa nesta terça-feira (12), em Porto Alegre, o Seminário Regional
Sul do Projeto Advocacy em Saúde (PAS). A primeira das novidades é a presença de
representantes de quatro Centros de Referência em Direitos Humanos (CRDH) da
região metropolitana da capital gaúcha conveniados com a Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República (SDH/PR). A presença dos CRDH é fruto de
articulação do PAS com a Coordenação-Geral dos CRDH da SDH/PR. A ideia é que os
CRDH também possam orientar a população sobre discriminação às pessoas vivendo
com HIV e AIDS (PVHA).
A outra, é que pela primeira vez, duas pessoas dividirão os mesmos temas em um seminário do PAS. O Presidente do Conselho Estadual de Saúde do RS, Paulo Humberto Gomes da Silva, divide os temas “História, marco legal, sujeitos e governança do SUS” e “Ações em DST/HIV/AIDS e Direitos Humanos nos conselhos de saúde no âmbito da Lei nº 8.142/90” com Adriano Henrique Caetano Costa, da Seção de Controle das DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde do RS. Nos seminários anteriores, no Centro-oeste e no Sudeste, conselheiros de saúde abordaram os tópicos.
O Seminário Regional Sul do Projeto Advocacy em Saúde é o terceiro de cinco seminários regionais do projeto do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp), e que na Região Sul tem parceria com o Fórum de ONG/Aids do RS. Desde o dia 31 de julho e em todas as semanas de agosto, o PAS vem realizando seminários regionais para capacitar ativistas a fazer advocacy nos conselhos de saúde e articular a formação de frentes parlamentares de enfrentamento às DST/HIV/AIDS/HV.
O Projeto Advocacy em Saúde é financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A outra, é que pela primeira vez, duas pessoas dividirão os mesmos temas em um seminário do PAS. O Presidente do Conselho Estadual de Saúde do RS, Paulo Humberto Gomes da Silva, divide os temas “História, marco legal, sujeitos e governança do SUS” e “Ações em DST/HIV/AIDS e Direitos Humanos nos conselhos de saúde no âmbito da Lei nº 8.142/90” com Adriano Henrique Caetano Costa, da Seção de Controle das DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde do RS. Nos seminários anteriores, no Centro-oeste e no Sudeste, conselheiros de saúde abordaram os tópicos.
O Seminário Regional Sul do Projeto Advocacy em Saúde é o terceiro de cinco seminários regionais do projeto do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp), e que na Região Sul tem parceria com o Fórum de ONG/Aids do RS. Desde o dia 31 de julho e em todas as semanas de agosto, o PAS vem realizando seminários regionais para capacitar ativistas a fazer advocacy nos conselhos de saúde e articular a formação de frentes parlamentares de enfrentamento às DST/HIV/AIDS/HV.
O Projeto Advocacy em Saúde é financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Situação da lipodistrofia é definida principal meta de advocacy em saúde na Região Sudeste
Ativistas do Sudeste em Seminário do PAS |
Outra meta regional será pautar a aids nos Conselhos
Estaduais de Saúde, bem como reativar as frentes parlamentares estaduais após
os resultados das eleições de outubro. Em Minas Gerais, o empenho será
concentrado na efetivação da frente parlamentar, que não saiu do papel.
Ativistas de Serra (ES), Belo Horizonte (MG), Itaguaí,
Niterói, Petrópolis e Rio de Janeiro (RJ), Araraquara, Brotas, Campinas, Itu,
Ribeirão Preto, São Paulo e Sorocaba (SP) comprometeram-se a identificar nas
atuais legislaturas municipais parlamentares sensíveis aos temas de Saúde e
Direitos Humanos que possam dispor de parte do mandato para elaborar uma agenda
local para a aids, como a isenção tarifária para as pessoas com HIV (PVHIV),
por exemplo.
Também em Serra (ES), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro
(RJ), Nova Guataporanga, Ribeirão Preto, São Paulo e Sorocaba (SP) os conselhos
municipais de saúde devem receber a demanda de pautar o tema. O Fórum Minas de
ONG/aids comprometeu-se a consultar ONG com inserção nos conselhos de saúde
para marcar a incidência do movimento social. No Sudeste, o monitoramento das
metas estabelecidas será em novembro, janeiro e março.
Assim como no evento anterior, realizado na semana passada
em Brasília, após a apresentação dos 30 participantes e dos cinco integrantes
da equipe, o coordenador nacional do PAS, José Roberto (Betinho) Pereira, falou
dos objetivos, metas, metodologia, cronograma e ferramentas disponíveis para a
execução do projeto. Ao final, também foi responsável por abordar a questão da sustentabilidade das ações propostas.
Pré-Constituição: "Antes da Saúde" |
“Antes da Saúde” - Em São Paulo, para discorrer sobre história, marco legal,
sujeitos e governança do Sistema Único de Saúde (SUS), Claudio Pereira, coordenador
da Comissão de DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais do Conselho Estadual de Saúde de
São Paulo (CES-SP), definiu o período que vai da “brutalidade da colonização
portuguesa” à promulgação da Constituição Federal de 1988 como o “Antes da Saúde”
no Brasil. Segundo ele, as deliberações da 6ª, 7ª e 8ª conferências nacionais
de saúde foram responsáveis pelo estabelecimento dos princípios norteadores do
SUS na Carta Magna.
Para Pereira, a universalidade está disposta no Artigo 196, que
define o direito universal à saúde, a integralidade está contida no inciso II
do Artigo 198, que confere ao Estado o dever de “atendimento integral”, e a
equidade da “saúde como direito de todos preservada pelo postulado da isonomia,
disposta pelo Artigo 5, que define a igualdade de todos perante a lei sem
distinção de qualquer natureza”. O conselheiro estadual de saúde também abordou
os princípios organizadores do SUS, como a hierarquização, que organiza os
serviços pela complexidade dos níveis de atenção, a resolubilidade, que
considera a capacidade do serviço para enfrentar e resolver um problema de
saúde até seu nível de competência, e da descentralização, que redistribui as
responsabilidades das ações e serviços saúde entre os níveis de governo.
Com exemplos do cotidiano da Comissão de DST/HIV/AIDS/HV do
CES-SP, Pereira elencou algumas ações em DST/aids e Direitos Humanos que devem
ser abordadas nos Conselhos de Saúde nos termos da Lei nº 8.142/90, que regula
o inciso III do Artigo 198, o que é uma atribuição do conselheiro de saúde. O
debate girou em torno da regionalização, da complexidade dos serviços e da
necessidade de conscientização das PVHIV sobre sua participação nestes espaços.
Diagnóstico claro:
retrocesso - “O compartilhamento das experiências de incidência política
nos Estados foi um dos momentos mais ricos do Seminário Sudeste”, considera
Sérgio Rodrigues, coordenador regional do projeto. “O diagnóstico foi claro: há
um retrocesso significativo e uma enorme dificuldade de manutenção da
resposta”, reforça Betinho, coordenador nacional do PAS. No Rio de Janeiro, devido
aos sérios problemas no atendimento às pessoas com HIV em São Gonçalo, uma ação
do Ministério Público resultou em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado
pelo prefeito. Em Itaguaí há uma “via crucis” para o paciente retirar seus
medicamentos e um único médico acompanha centenas de PVHIV.
No Estado de São Paulo, por força de lei municipal, em
Sorocaba o Conselho Municipal de Saúde tem uma cadeira cativa para representação
da aids, as PVHIV têm isenção tarifária e a última Conferência de Saúde recusou
o atendimento de pacientes pela Atenção Básica (AB). Em contrapartida, em
Ribeirão Preto o serviço credenciado não atende a demanda de lipodistrofia. Na
capital, uma audiência pública proposta pela Comissão de Saúde da Câmara
Municipal discutiu o atendimento das PVHIV pela AB. No âmbito estadual, a
frente parlamentar se reúne com a gestão do Programa Estadual e com as
representações da sociedade civil.
Por causa da discriminação, no interior de Minas Gerais, um
vereador disponibiliza seu automóvel particular para que as pessoas com HIV
façam tratamento e retirem seus medicamentos em serviços de cidades vizinhas.
Além disso, a representante do Fórum Mineiro de ONG/aids, Sueli Camisasca,
afirmou sentir uma “desconstrução do Programa de aids estadual”. E no Espírito
Santo, a nova gestão do Fórum de ONG/aids tem facilidade de articulação com a
gestão e um deputado da frente parlamentar tem ajudado as ONG a reunirem-se
novamente.
Márcia Leão: advocacy para tecer o amanhã |
Tecendo o amanhã - Coube à coordenadora regional Sul do PAS abordar os tópicos
sobre advocacy no âmbito federal e formação, acompanhamento e resultados das
frentes parlamentares em HIV/AIDS/HV. Para exemplificar o conceito de advocacy,
Márcia Leão apresentou o poema “Tecendo a manhã”, de João Cabral de Melo Neto,
segundo o qual é o canto de um galo após o canto do outro que traz as manhãs
todos os dias. Segundo Márcia, é a ação do indivíduo em busca do bem coletivo e
que, concretamente, significa influenciar as pessoas que tomam as decisões. E que advocacy não é a conquista legal de alguns direitos, mas a realização
destes direitos conquistados.
Sobre a reunião de parlamentares sensíveis a uma causa,
pressuposto de uma frente parlamentar, Márcia explicou que a instituição desses
espaços no legislativo segue o regimento de cada casa e que uma frente pode
convocar audiências públicas, propor leis, articular reuniões com o executivo,
realizar seminários e fiscalizar a atuação do executivo, entre outras ações. A
também coordenadora do Fórum de ONG/aids do RS deu o passo a passo para a
articulação de frentes parlamentares salientando que, como no advocacy, a ação tem de ser
coletiva.
O terceiro seminário do PAS é o da Região Sul e será
realizado no início da próxima semana, em Porto Alegre, devendo contar com a
presença de 20 ativistas dos três estados.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Centro-oeste define metas de advocacy em saúde; Sudeste faz seminário em São Paulo
Participantes do Seminário Centro-oeste do PAS |
Inserir o tema da 15ª Conferência de Saúde no Encontro
Regional de ONG/aids do Centro-oeste (Erong-CO), realizar uma reunião com os
fóruns de ONG/aids da região em Goiânia, sensibilizar ao menos dois
parlamentares para o tema e pautá-lo nos conselhos de saúde. Estas foram as
metas estaduais e regionais do Projeto Advocacy em Saúde (PAS) definidas em
seminário realizado na semana passada, em Brasília. Para chegar a essas metas,
12 ativistas dos quatro estados da região centro-oeste reuniram-se na sede da
Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF) para o primeiro dos
cinco seminários regionais do PAS, projeto do Fórum das ONG/AIDS do Estado de
São Paulo (Foaesp).
No encontro, após a apresentação dos objetivos, metodologia
e ferramentas do projeto, pelo coordenador nacional do PAS, José Roberto
(Betinho) Pereira, o representante do movimento aids no Conselho Nacional de
Saúde (CNS), Carlos Duarte, brindou os participantes pontuando história da
epidemia de aids no Brasil no contexto do marco legal, dos sujeitos e
governança do Sistema Único de Saúde (SUS), pincelando a história do sistema de
saúde nos panoramas nacional, latino-americano e global.
O Conselheiro de Saúde Carlos Duarte fala de AIDS e SUS |
Em seguida, ao falar sobre as ações em DST/HIV/AIDS e Direitos
Humanos no âmbito dos Conselhos de Saúde nos termos da Lei nº 8142/90,
ressaltou os atuais entraves gerados por “resoluções, portarias e determinações
que provocam controvérsia de entendimento no CNS e no próprio Ministério da
Saúde”. Para exemplificar, Duarte citou Resolução de 2012 aprovada pelo
Conselho, sobre recursos não executados da política de Aids, que não foi
homologada pela pasta.
No debate, os ativistas discutiram a necessidade de
fortalecimento do movimento social “dividido, sem mobilização e sem
mobilidade”, que vise à capacidade de um advocacy
consistente. Questões sobre representatividade versus participação social, acesso universal versus cobertura universal de saúde, urgência de aumento robusto
nos recursos para a saúde e dificuldades de ampliação dos serviços públicos de
saúde impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Análise da política e
da incidência política - O coordenador da região Norte do PAS, Francisco (Kiko)
Rodrigues, emendou o acolhimento com uma análise da política de aids nos
estados do Centro-oeste e da incidência política regional por meio de uma
riquíssima troca de experiência entre os ativistas. Com uma única palavra, cada
participante procurou sintetizar o principal desafio na sua base de atuação. Em
seguida, foram estimulados a, da mesma forma, propuseram palavras-chave,
gerando, ao final do seminário, as metas estaduais e regionais.
O presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, explicou o que é
uma frente parlamentar, como atua e é formada. Segundo ele, na falta de uma,
como a Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às DST/HIV/AIDS do Congresso
Nacional e as de outros estados e municípios, é necessário que o movimento
social identifique parlamentares sensíveis à causa da aids. “A partir do
resultado do primeiro turno das eleições para deputados já será possível
identificar eleitos que possam compor uma frente”, provocou.
Pinheiro: "a partir do resultado do primeiro turno já será possível identificar eleitos sensíveis à causa da AIDS". |
Expectativas - “O movimento social precisa ser atualizado. As demandas são
outras e as necessidades só aumentam. Os seminários servem pra fortalecer o
movimento. Além de melhorar a integração entre os pares, requalifica a resposta
e a defesa da saúde.” Com essas palavras, o coordenador nacional do PAS,
Betinho, resumiu sua expectativa para o seminário.
Com expectativas superadas, para Evaldo Amorim, diretor da
ONG Elos LGBT do Distrito Federal e coordenador regional da ABGLT, o seminário
mostrou que está bem estruturado e com domínio do tema e da proposta. “O que a
gente precisa é que esse agrupamento formado aqui hoje cumpra as metas
estabelecidas para que o advocacy
seja de fato defendido.”
Betinho: "o movimento precisa ser atualizado. As demandas são outras e as necessidades só aumentam". |
A coordenadora regional do PAS, Márcia Ribas, acumulou expectativas
organizando o seminário. Além de primeiro de uma série, ela teve dificuldade de
localizar lideranças de alguns fóruns da região. “Mas pessoas que vieram me
surpreenderam. Elas são esclarecidas, entenderam a proposta do projeto e
promoveram um debate de excelente qualidade”, afirmou aliviada.
O alívio também foi garantido pelo Instituto Sabin, que
preside o Conselho Empresarial de aids (Ceaids-DF), e articulou a sala de
reuniões do Instituto Fecomércio-DF, onde o seminário foi realizado. Passada a
tensão inicial, “minha expectativa agora é que no monitoramento a gente consiga
implementar o projeto na região. Há algumas dificuldades bem fortes, mas nenhum
impeditivo”, disse empolgada.
O seminário do PAS para a região Sudeste começa nesta
quarta-feira (06), na sede do Sindicato dos Comerciários, em São Paulo.
Ativistas dos quatro estados da região reúnem-se até quinta-feira para definir
as metas estaduais e regionais de atuação do projeto.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
PAS inicia em Brasília jornada de seminários sobre Advocacy em Saúde
Tem início nesta quinta-feira
(31), em Brasília, o primeiro dos cinco seminários regionais do Projeto Advocacy em Saúde (PAS), do Fórum das
ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp). O objetivo dos seminários é capacitar
ativistas para atuar e pautar as questões sobre Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST), HIV, AIDS, Hepatites Virais (HV) e Tuberculose (TB) nos
conselhos de saúde, além de incentivar a criação e o fortalecimento de frentes
parlamentares estaduais e municipais de enfrentamento a essas doenças.
Com oito horas de duração
divididas em três blocos de um dia e meio, os seminários irão abordar temas
relativos à participação qualificada nos conselhos de saúde e aspectos da incidência
parlamentar. “Elaboramos uma programação de interesse nacional, e fizemos
alguns ajustes para adequá-las regionalmente”, explica José Roberto Pereira,
coordenador nacional do PAS.
No primeiro bloco serão
apresentadas as metas, a metodologia, o cronograma de atividades propostas e as
ferramentas do PAS, além das alternativas para a sustentabilidade das ações. No
bloco seguinte, marco legal, história, sujeitos e modelo de governança do
Sistema Único de Saúde (SUS) serão abordados primeiramente para, em seguida, focar
as ações em DST/HIV/AIDS/HV/TB e Direitos Humanos nos Conselhos de Saúde nos
termos da Lei 8.142/90. O bloco será fechado com o relato de experiências de
incidência política dos participantes nas instâncias de controle social do SUS.
No terceiro e último bloco
haverá exposições sobre formação, acompanhamento e resultados das frentes
parlamentares de enfrentamento às DST/HIV/AIDS/HV/TB, o advocacy no âmbito federal e a construção coletiva e apresentação
de trabalho do plano regional.
O Projeto Advocacy
em Saúde (PAS), do Foaesp, é financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde, e tem coordenação de Márcia Ribas na região Centro-Oeste,
Jair Brandão na região Nordeste, Francisco Rodrigues na região Norte, Sérgio
Rodrigues na região Sudeste, e Márcia Leão na região Sul. A coordenação
nacional é de José Roberto Pereira. A articulação com a Frente Parlamentar
Mista de Enfrentamento às DST/HIV/AIDS/HV/TB do Congresso Nacional é de
Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, e de Márcia Leão, da coordenação do Fórum de ONGs/Aids do Rio Grande do Sul.
Neste primeiro
seminário, são esperados 15 ativistas do centro-oeste, indicados pelos fóruns
e/ou articulações de ONG/AIDS dos Estados da região. O
Seminário do PAS em Brasília será realizado nesta quinta (31/07) e sexta-feira
(01/08) na sede da Fecomércio DF, SCS Quadra 6, Ed. Newton Rossi, 6º andar.
Os
próximos seminários regionais serão realizados em São Paulo (6 e 7 de agosto),
Porto Alegre (12 e 13 de agosto), Recife (19 e 20 de agosto) e Belém (29 e 30
de agosto). No primeiro semestre de 2015, um encontro nacional mapeará as ações
realizadas pelo projeto em todo o País.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Pernambuco discute rumos da Política de DST e Aids no Estado
CES de Pernambuco discute Política estadual de DST/Aids |
O Conselho Estadual de Saúde (CES) de Pernambuco realizou, no último dia
11 de junho, debate sobre a Política de DST e Aids e seus rumos no Estado.
Coordenada pela Dra. Ana Maria Albuquerque, presidente do CES e Secretária
Estadual de Saúde (SES). Na oportunidade, a secretária e presidente do Conselho
salientou que a Secretaria Estadual de Saúde não tem interesse nenhum em fechar
os Serviços de Atendimento Especializado (SAE) em DST, Aids, Hepatites Virais e
Tuberculose, nem tampouco passar as Pessoas Vivendo com HIV e Aids para serem
atendidas na Atenção Básica.
Para fortalecer o posicionamento da SES, o Programa Estadual de DST, Aids
e Hepatites Virais de PE apresentou uma lista com os municípios que recebem
recursos federais para DST, Aids e Hepatites Virais, que também estão recebendo
recursos de incentivo estadual para a reestruturação dos SAE existentes e para instalação
de SAE onde ainda não estão instalados.
Outro ponto de discussão importante foi sobre as cirurgias reparadoras
de lipodistrofia, paradas nos dois hospitais credenciados para o serviço. Ficou
acordado que o CES chamará a direção dos hospitais para fazer a discussão sobre
este processo.
“Importante reforçar que toda a discussão em torno da Aids não foi balizada
apenas em dados epidemiológicos, mas com a discussão das melhores estratégias
para incrementar a qualidade do serviço e da assistência às pessoas com HIV,
além das estratégias de prevenção à infecção pelo HIV”, afirma Jair Brandão,
coordenador do GT Ativismo da ONG Gestos e coordenador regional Nordeste do
Projeto Advocacy em Saúde, do Fórum das ONG/AIDS do Estado de São Paulo.
Além de Conselheiro/as Estaduais de Saúde, também participaram da
reunião no CES a Dra. Ana Claudia Calou, Secretária Executiva de Coordenação
Geral do CES, o Dr. Eronildo Felisberto, Secretário Executivo de Vigilância em
Saúde, a Dra. Rosilene Hans, diretora geral de Doenças e Agravos, o Dr.
François Figueiroa, Gerente do Programa Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais,
o Dr. Jean, da Gerência de Assistência Farmacêutica, e a Dra. Ana Carolina, Diretora
Geral de Assistência Regional.
Ativistas de organizações não governamentais (ONG), redes e do Movimento
Social de Aids, vinculados à Articulação AIDS em Pernambuco como GESTOS, RNP+
PE e RNP+ Nordeste, AMOTRANS, Pastoral da Aids, SOS Corpo e o GTP+, também
estiveram presentes à reunião.
Reflexões, críticas e proposições contribuíram para que todo/as
participantes entendessem a situação da Aids em Pernambuco, bem como para o
entendimento das novas estratégias em DST/Aids do Departamento de DST e Aids do
Ministério da Saúde. “Tanto de parte do governo estadual, como do lado do/as
Conselheiro/as Estaduais de Saúde e do Movimento de Aids de Pernambuco, este
momento, que parecia ir por um caminho tenso, teve momentos de emoção e de
grande respeito de ambas as partes”, salienta Brandão.
“Foi importante perceber que mesmo ser considerada uma doença crônica, e
diante de todos os desafios que temos, a Aids continua um agravo complexo e que
necessita de respostas complexas, intersetoriais, integrais e humanas”, pondera
o coordenador do GT Ativismo da Gestos, Jair Brandão. “Mesmo após 30 anos de
epidemia, o tecnicismo não pode ser considerado como a principal resposta ao
enfrentamento da Aids, mas uma das estratégias”, acrescenta. “Continuar levando
em consideração a discussão sobre a ‘VIDA’ é o que nos leva continuar no
ativismo.”
À Secretaria Estadual de Saúde foi entregue documento elaborado pela
RNP+ PE em parceria com a ONG GESTOS contendo o diagnóstico da prevenção e
assistência sobre DST e Aids em Pernambuco.
No final da reunião ficou
acordado que uma Resolução do Conselho Estadual de Saúde de PE irá criar um GT
para discutir a Linha de Cuidados Integrais em DST e Aids e também discutir a
Política de Medicamentos do Estado.
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