terça-feira, 15 de julho de 2014

Pernambuco discute rumos da Política de DST e Aids no Estado

CES de Pernambuco discute Política estadual de DST/Aids
O Conselho Estadual de Saúde (CES) de Pernambuco realizou, no último dia 11 de junho, debate sobre a Política de DST e Aids e seus rumos no Estado. Coordenada pela Dra. Ana Maria Albuquerque, presidente do CES e Secretária Estadual de Saúde (SES). Na oportunidade, a secretária e presidente do Conselho salientou que a Secretaria Estadual de Saúde não tem interesse nenhum em fechar os Serviços de Atendimento Especializado (SAE) em DST, Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, nem tampouco passar as Pessoas Vivendo com HIV e Aids para serem atendidas na Atenção Básica.
Para fortalecer o posicionamento da SES, o Programa Estadual de DST, Aids e Hepatites Virais de PE apresentou uma lista com os municípios que recebem recursos federais para DST, Aids e Hepatites Virais, que também estão recebendo recursos de incentivo estadual para a reestruturação dos SAE existentes e para instalação de SAE onde ainda não estão instalados.
Outro ponto de discussão importante foi sobre as cirurgias reparadoras de lipodistrofia, paradas nos dois hospitais credenciados para o serviço. Ficou acordado que o CES chamará a direção dos hospitais para fazer a discussão sobre este processo.
“Importante reforçar que toda a discussão em torno da Aids não foi balizada apenas em dados epidemiológicos, mas com a discussão das melhores estratégias para incrementar a qualidade do serviço e da assistência às pessoas com HIV, além das estratégias de prevenção à infecção pelo HIV”, afirma Jair Brandão, coordenador do GT Ativismo da ONG Gestos e coordenador regional Nordeste do Projeto Advocacy em Saúde, do Fórum das ONG/AIDS do Estado de São Paulo.
Além de Conselheiro/as Estaduais de Saúde, também participaram da reunião no CES a Dra. Ana Claudia Calou, Secretária Executiva de Coordenação Geral do CES, o Dr. Eronildo Felisberto, Secretário Executivo de Vigilância em Saúde, a Dra. Rosilene Hans, diretora geral de Doenças e Agravos, o Dr. François Figueiroa, Gerente do Programa Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, o Dr. Jean, da Gerência de Assistência Farmacêutica, e a Dra. Ana Carolina, Diretora Geral de Assistência Regional.
Ativistas de organizações não governamentais (ONG), redes e do Movimento Social de Aids, vinculados à Articulação AIDS em Pernambuco como GESTOS, RNP+ PE e RNP+ Nordeste, AMOTRANS, Pastoral da Aids, SOS Corpo e o GTP+, também estiveram presentes à reunião.
Reflexões, críticas e proposições contribuíram para que todo/as participantes entendessem a situação da Aids em Pernambuco, bem como para o entendimento das novas estratégias em DST/Aids do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde. “Tanto de parte do governo estadual, como do lado do/as Conselheiro/as Estaduais de Saúde e do Movimento de Aids de Pernambuco, este momento, que parecia ir por um caminho tenso, teve momentos de emoção e de grande respeito de ambas as partes”, salienta Brandão.
“Foi importante perceber que mesmo ser considerada uma doença crônica, e diante de todos os desafios que temos, a Aids continua um agravo complexo e que necessita de respostas complexas, intersetoriais, integrais e humanas”, pondera o coordenador do GT Ativismo da Gestos, Jair Brandão. “Mesmo após 30 anos de epidemia, o tecnicismo não pode ser considerado como a principal resposta ao enfrentamento da Aids, mas uma das estratégias”, acrescenta. “Continuar levando em consideração a discussão sobre a ‘VIDA’ é o que nos leva continuar no ativismo.”
À Secretaria Estadual de Saúde foi entregue documento elaborado pela RNP+ PE em parceria com a ONG GESTOS contendo o diagnóstico da prevenção e assistência sobre DST e Aids em Pernambuco.
No final da reunião ficou acordado que uma Resolução do Conselho Estadual de Saúde de PE irá criar um GT para discutir a Linha de Cuidados Integrais em DST e Aids e também discutir a Política de Medicamentos do Estado.

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